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APÓS 200 ANOS, BAILARINAS NEGRAS PARAM DE PINTAR SUAS SAPATILHAS

  • Foto do escritor: Melanina Informa
    Melanina Informa
  • 23 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de nov. de 2018


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É incrível que só neste ano foram criar sapatilhas em tons marrons. É incrível pensar que apenas agora pensaram nas bailarinas negras, que para se apresentarem tinham que pintar as sapatilhas para poder chegar nos tons de suas peles.

Quando falamos de ballet, automaticamente lembramos das famosas sapatilhas brancas, que só se encaixavam em peles claras. E as peles negras, pardas? onde ficam? Não existem? Até então, não... Somente agora decidiram fazê-las, antes disso muitas bailarinas negras recorriam a tinta e base para deixá-las no tom de suas peles.


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Alexandra Hutchinson pinta suas sapatilhas com maquiagem Foto: An Rong Xu/The New York Times.

Mas porque elas não usavam do tom que era da própria sapatilha? Simples, porque quando a bailarina se apresenta, os pés tem que formar uma linha contínua com as pernas, situação que não acontecia. Por ser muito exigido no ballet Clássico, a adaptação sempre aconteceu.

Em função disso, entramos em outra questão muito polêmica: Qual é o tom da pele? O tom da pele é o que cada pessoa tem, e não só o tom rosado que encontramos nos lápis de cor. Porém, ainda há tempo para mostrarmos às pessoas que existem diversos tons de pele.

A empresa que tomou essa iniciativa de criar tons de marrom para as sapatilhas foi a Freed of London, uma grande empresa de calçados, não só de ballet, mas sapatos de danças diversos, que possui sua sede em Londres.


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Sapatilhas da Freed of London lançadas em outubro. Todos os direitos reservados ao UOL.

Essa notícia teve uma grande repercussão, afinal, não é pra menos… 200 anos depois uma empresa resolve pensar nos bailarinos negros. Porém, mesmo depois disso, vemos comentários de pessoas dizendo que essa notícia não muda nada em suas vidas e até fazendo brincadeiras de mau gosto, dizendo que depois disso o Dólar subiu, por exemplo, mostrando o quanto as pessoas são egoístas e só pensam em sí. Isso pode não ser útil pra você, mas para a comunidade negra é um marco, pois mostra que o negro está tendo suas conquistas merecidas, o negro está sendo visto. Existem as pessoas que acham que tudo gira em torno dos seus próprios umbigos, que as notícias do mundo tem que ter algo útil, exclusivamente para elas. Infelizmente, em episódios de ódio na internet, vemos o quanto a sociedade ainda é individualista.

Mas, felizmente, a notícia teve muitos comentários positivos, que mostram que ainda existem pessoas que pensam nos outros e que ficaram indignadas com o fato de as sapatilhas terem sido feitas apenas 200 anos depois, e de antes as bailarinas terem que pintá-las.

Chegou o momento em que o negro está tendo voz, que o negro está ocupando cargos de grande valia na sociedade, e tudo isso graças aos seus movimentos e forças para lutar pelos seus direitos, pela igualdade independente da cor e principalmente, por não desistirem de seus sonhos.

O lugar do negro não é onde a sociedade acha que ele deve estar, mas sim onde ele quer estar!

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